quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Camille Claudel

Amo. Amo.





Ficou louca de amor, por Rodin que eu amava também, antes de conhecer Camille, depois passei a ter raiva dele... Foi rejeitada na Escola de Belas Artes de Paris por ser mulher e morreu depois de passar 30 anos internada num hospício... Pra entender um pouco mais sobre as tragédias da vida de Camille:

 http://www.pitoresco.com.br/escultura/camille/camille.htm

(bem enxuto)

"Camille Claudel foi uma artista revolucionária, anacrónica e anárquica não só porque a sua conduta inspirou a revolução do papel da mulher na sociedade, mas porque conseguiu operar uma revolução temática na própria Arte, ao assumir o erotismo que emana do mais profundo inconsciente feminino transposto para a Escultura, recusando a representação apenas e só da mulher politicamente correcta ou dos aspectos politicamente correctos da própria vida."


Esse link, é de onde retirei o texto acima, ele trata de uma obra literária biográfica, porém romanceada, feita a partir de uma pesquisa documental por Anne Delbeé  - "Camille Claudel, uma mulher". O site é em português, de Portugal, dá pra entender tudo perfeitamente e é ótimo, muito completo.

E esse filme francês, que é excelente:



O trailler, em francês, sinceramente, não passa muito do quanto o filme é bom:


Pra baixar aqui, gente sou péssima pra essas coisas... vejam ae... acho que dá certo!

http://filmescomlegenda.net/fcl/camille-claudel-camille-claudel-1988/



Aqui uma coluna falando mais sobre a obra "A Valsa", muito boa...



Existem muitos musicais e peças sobre a obra e vida da escultora, aqui tem um espetáculo de dança contemporânea:




Gente isso é muito legal, é um blog sobre uma peça teatral feita sobre Camille, com todo o processo de pesquisa e organização da peça, tem muita coisa interessante, desde a condição da mulher na sociedade até a loucura que aplacou minha querida Camille... (e digo querida porque com alguns destes tenho impressão que conheci em outro tempo, sinto falta deles.. é estranho, mas é assim que sinto, e se sinto, vou falar...=P)


Também tem essa peça que está em cartaz, em São Paulo até dia 26 de Agosto:



E, claro não poderia de citar, esse conto de Caio Fernando Abreu, onde ele fala sobre ela, onde eu descobri Camille e me apaixonei (tanto que tatuei)... Acabou de acontecer uma coisa, relendo o texto, olha o que encontrei: 

[...]  E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem. Tomei um Calvados, entrei numa galeria para ver os desenhos de Egon Schiele enquanto a frase de Camille assentava aos poucos na cabeça [...]

Perceberam? Egon Schiele!! Por quê não me interessei por ele naquele dia?! Talvez porque aquele era o dia de descobrir Camille e foi o dia dela e só dela... 
Ai, cada coisa!! Vida linda!

[...] Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa: “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. Daquela casa, dizia a placa, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura. [...]



Isso valeu meu dia. Agora, pra ficar de praxe, deixo uma música que acredito que seja boa para apreciar as esculturas, não é uma música tão dramática quanto a vida e obra dela, mas tem seu amargor...  na obra de Camille eu vejo a beleza intacta, se é que cabe essa palavra, o que quero dizer é que ela conseguiu em suas obras, a limpeza, a calma e o desespero que o amor carrega, este que nos parece um tanto inalcançável, mas que quando temos em nossas mãos, muitas vezes não sabemos o que fazer...

 "...não soube o que fazer... e ela se foi..."


Essa música, Camille e Caio Fernando juntos... to emocionada.



Marisa Monte e Julieta Venegas:





Tá na hora do play, e de passear pelas obras. Amem. Ámem.




















Nenhum comentário:

Postar um comentário